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quinta-feira, 24 de março de 2011

Ford GT 40

Essa postagem vai para homenagear um mito nas pistas de corrida,passou por cima de Porsche,Ferrari,Jaguar e várias outras lendas inglesas,italianas e alemãs...
Aí meu amigo Rogério,essa é pra você!!! 




Em 1964 nascia o GT 40. Media 3,96 metros de comprimento e apenas 1,02 metro de altura, ou seja, 40 polegadas -- daí o numero mágico do bólido de corridas. Com o objetivo de barrar as vitórias da Ferrari e da Jaguar, no projeto foi gasto muito dinheiro e adotada toda a tecnologia disponível na época. Era um carro muito bonito, baixo, com a frente inclinada e duas entradas de ar sobre o capô. Os faróis carenados, o pára-brisa envolvente, os vidros laterais inclinados para dentro da carroceria e o traseiro mostrando o coração da máquina.


 


A parte superior das portas ia quase até a metade do teto -- não uma novidade, já que o famoso Mercedes 300 SL "Asa de Gaivota" tinha a mesma bela particularidade. O enorme capô traseiro abria-se de frente para trás. Uma obra de arte sobre rodas, muito atraente até hoje. O primeiro deles chamou-se GT 40 Mark I, ou MK I.





















O motor central era um V8 de comando de válvulas no bloco (OHV) e 4,7 litros de cilindrada, originário do Ford Fairlane, que devidamente preparado fornecia 390 cv de potência. Sua velocidade máxima estava perto dos 320 km/h. O câmbio tinha cinco marchas e os freios da famosa marca Girling. Nos primeiros testes no circuito Le Sarthe, na cidade francesa de Le Mans, os carros se acidentaram por causa da má estabilidade direcional, devido a problemas de aerodinâmica. Foi colocado então um aerofólio traseiro, que melhorou a situação mas não corrigiu o defeito.

Veio então o Mark II, apresentado em abril, com motor de 6.990 cm3. Nosso conhecido Ford Galaxie utilizava-o nos EUA em provas de stock-cars, em uma versão cupê que não foi produzida no Brasil. O motor pesava 280 kg, muito para um protótipo com pretensões de vencer os Ferraris, mas era bastante potente: 485 cv a 6.200 rpm. Em testes alcançou a máxima de 329 km/h. Os discos de freios eram ventilados e a caixa tinha quatro marchas.


Na tradição de Le Mans, a largada se dava com os pilotos de um lado da pista e os carros, estacionados em 45º, do outro. Após o sinal, iam correndo, davam a partida e largavam velozmente. O famoso piloto americano A. J. Foyt, em dupla com Dan Gurney, venceu a prova. O segundo lugar ficou com Bruce McLaren e Mark Donohue com o Mark IV. Seu motor era um V8 OHV de 6,9 litros e 500 cv, apto à velocidade máxima de 355 km/h. Cruzaram a linha de chegada quatro voltas à frente do ameaçador Ferrari 330 P4 de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti.

Em 1968 o regulamento mudava, com motores agora limitados a 5,0 litros de cilindrada. A Ford se retirava oficialmente e o GT 40 passava a correr em equipes particulares -- a mais famosas com o azul-claro e faixas laranja da empresa petrolífera Gulf. No mesmo ano a Ferrari se retirava e à fábrica americana restavam como concorrentes os temidos e velozes alemães da Porsche.













Carroll Shelby, nome e sobrenome intimamente ligado a Ford e aos motores v8 preparados...





 

Um comentário:

  1. Júnior, obrigado pela lembrança e "homenagem". Assisti a construção novo GT40 na Discovery e fiquei mais uma vez impressionado com a beleza do bólido.

    Abraços.

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